Receita esclarece fatos sobre a fiscalização do Pix. Veja como funcionará o monitoramento e as recomendações para evitar problemas.
O anúncio das novas regras de fiscalização do Pix gerou dúvidas entre trabalhadores autônomos, principalmente aqueles que movimentam valores mais altos para aquisição de materiais e insumos.
Diante das preocupações levantadas, a Receita Federal esclareceu que a nova abordagem não terá impacto na renda tributável dos autônomos.
Isso porque a análise continuará considerando apenas o valor correspondente ao serviço prestado, e não o montante total movimentado. Entenda melhor a seguir.
Como funciona a fiscalização do Pix?
Em princípio, a nova fiscalização do Pix tem como foco principal monitorar movimentações financeiras acima de R$ 5 mil.
No caso de trabalhadores autônomos, a Receita Federal explicou que apenas a renda real será considerada para fins de tributação, ou seja, o valor correspondente à remuneração pelo serviço prestado.
Por exemplo, um pedreiro que recebe R$ 1 mil pelo serviço e utiliza R$ 4 mil para comprar materiais via Pix não terá todo o valor tributado.
Apenas a quantia referente à sua mão de obra entrará no cálculo. Cruzamentos com notas fiscais e registros bancários garantem que os valores destinados à compra de insumos não sejam contabilizados como lucro.
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Cartões de crédito compartilhados: o que diz a Receita?
A Receita Federal também abordou o uso de cartões de crédito compartilhados entre membros da mesma família. Segundo o órgão, mesmo que a fatura ultrapasse a renda declarada pelo titular, não há punição automática.
Desde 2003, a Receita realiza o cruzamento de dados financeiros e fiscais para evitar interpretações erradas sobre o rendimento familiar.
Autônomos devem se formalizar como MEI?
Para quem atua como trabalhador autônomo, a Receita recomenda a formalização como Microempreendedor Individual (MEI).
A modalidade, criada em 2008, permite que profissionais se regularizem de forma simples e tenham acesso a direitos previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença.
Além da segurança previdenciária, o MEI facilita o recolhimento de tributos, organizando a vida financeira e garantindo mais tranquilidade em futuras fiscalizações. O registro pode ser feito de forma online, no Portal do Empreendedor, e garante um CNPJ regularizado.
O objetivo da fiscalização: combater fraudes e crimes financeiros
A nova abordagem adotada pela Receita Federal tem o propósito de combater fraudes financeiras e crimes como a lavagem de dinheiro.
A coleta de informações pelo Pix não tem a intenção de penalizar contribuintes que utilizam a ferramenta de forma legítima.
O órgão ressaltou que a automação no monitoramento das transações busca simplificar o trabalho da fiscalização, promovendo mais transparência e segurança financeira.
As análises priorizam operações suspeitas, sem prejudicar trabalhadores e famílias que fazem uso cotidiano do Pix.
Como evitar problemas com a Receita?
Para evitar problemas relacionados à fiscalização do Pix, é importante:
- Manter o CPF regularizado e atualizado.
- Guardar comprovantes de transações financeiras.
- Formalizar-se como MEI para ter garantias legais.
- Evitar movimentações financeiras elevadas em contas pessoais sem justificativa.