Microplásticos são encontrados no cérebro humano, destacando os riscos à saúde e os impactos ambientais dessas partículas invisíveis.
As partículas de microplástico tornaram-se um tema de crescente preocupação, devido à sua presença onipresente em nosso ambiente.
Invisíveis a olho nu, essas partículas são encontradas em alimentos, bebidas e até no ar, afetando não só a natureza, mas também a saúde humana. Estudos recentes mostram que microplásticos já foram detectados em um dos órgãos mais protegidos do corpo: o cérebro.
Com formas variadas como esferas, fibras e fragmentos, as partículas microscópicas se acumulam em diferentes ambientes, revelando um impacto ambiental alarmante.
O que torna essa questão ainda mais preocupante é a detecção de microplásticos no cérebro humano, levantando questões sobre suas consequências para a saúde.
Pesquisa revela informações INÉDITAS sobre microplásticos
Um estudo pioneiro realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, com o apoio da FAPESP e da ONG holandesa Plastic Soup, trouxe à luz a presença de microplásticos no bulbo olfatório de indivíduos que viveram por pelo menos cinco anos em São Paulo.
Este órgão, responsável pela percepção de odores, pode atuar como um canal de entrada para partículas prejudiciais.
Para garantir a pureza das amostras, os cientistas empregaram métodos rigorosos, utilizando seringas de vidro e realizando limpezas meticulosas para evitar qualquer contaminação.
As análises foram realizadas no Sirius, um dos laboratórios mais avançados do mundo, situado em Campinas, onde os resultados foram processados.
Aproveite e leia:
- Fique longe do prejuízo! 10 coisas para você JAMAIS fazer com o seu celular
- Baixar vídeo do YouTube é fácil; conheça as melhores estratégias
- ATENÇÃO: Conheça os riscos de deixar o notebook ligado na tomada
Resultados preocupantes
A pesquisa revelou que cada amostra de tecido cerebral continha de 1 a 4 partículas de microplástico, com tamanhos variando entre 5,5 e 26,4 micrômetros.
O material mais comum identificado foi o polipropileno (PP), amplamente utilizado em embalagens, seguido por outros plásticos como poliamida (PA) e polietileno (PE).
Quais são os efeitos dos microplásticos no organismo humano?
As implicações da presença de microplásticos no cérebro são alarmantes. O estudo sugere que essas partículas podem superar a barreira hematoencefálica, uma defesa natural que protege o cérebro de substâncias nocivas.
O químico Henrique Eisi Toma observa que os nanoplásticos, que são ainda menores, podem interagir de maneira adversa com as células do organismo, aumentando riscos potenciais.
Pesquisas adicionais nos Estados Unidos reforçam essas preocupações, evidenciando que micro e nanoplásticos se acumulam em quantidades significativamente maiores no cérebro em comparação com outros órgãos, como fígado e rins.
Em 2024, observou-se que as concentrações de partículas plásticas no tecido cerebral eram quase três vezes maiores do que em 2016, indicando uma tendência preocupante.
Fontes de microplásticos
A produção crescente de plásticos é a principal causa do aumento dessas partículas no ambiente. As fontes incluem plásticos de pequenas dimensões usados em produtos cosméticos e tintas, além de fragmentos resultantes da degradação de materiais maiores, que representam até 80% dos microplásticos presentes na natureza.
Estudos recentes indicam que micro e nanoplásticos já foram detectados em mais de 1.300 espécies animais, além dos humanos. Contudo, os efeitos dessas partículas na saúde permanecem pouco compreendidos, destacando a necessidade urgente de mais pesquisas e regulamentações eficazes.
É essencial que continuemos a investigar os impactos dos microplásticos em nosso organismo e no meio ambiente.
A conscientização sobre essa questão pode ajudar a promover mudanças significativas em nossas práticas diárias. Que tal compartilhar este conhecimento e incentivar uma discussão sobre a redução do uso de plásticos?