O governo confirmou o novo salário mínimo para março de 2025. Veja o valor reajustado, quem será impactado e como calcular o aumento em seu salário.
Milhões de trabalhadores brasileiros já se preparam para entender como o novo salário mínimo vai impactar o orçamento a partir de março de 2025.
O governo definiu que o valor do salário mínimo será de 1.518 reais, um reajuste de 106 reais em relação ao valor anterior (1.412).
Em suma, o aumento representa um crescimento de 7,5 por cento, garantindo um ganho real aos trabalhadores, conforme prometido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as eleições de 2022.
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O que muda com o novo salário mínimo?
O reajuste do salário mínimo traz algumas mudanças importantes, que afetam não apenas os trabalhadores, mas também aposentados e beneficiários de programas sociais. Veja os principais pontos:
- Aumento acima da inflação: o reajuste de 7,5 por cento supera a inflação do período, garantindo que o poder de compra dos trabalhadores seja mantido.
- Nova regra de cálculo: a fórmula de reajuste agora estabelece um teto de 2,5 por cento para o crescimento das despesas públicas, o que limitou o aumento. Se a fórmula anterior estivesse em vigor, o salário poderia ter chegado a 1.525 reais.
- Impacto nas contas públicas: o aumento também afeta aposentadorias, benefícios sociais e o seguro-desemprego, o que levou o governo a criar medidas para controlar o crescimento das despesas.
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Como calcular o aumento do salário mínimo em março?
Antes das mudanças nas regras fiscais, o cálculo do reajuste do salário mínimo considerava:
- A inflação medida pelo INPC, que costuma ser mais vantajosa que o IPCA;
- O crescimento do PIB de dois anos anteriores, o que ajudava a garantir aumentos mais expressivos.
Agora, um teto de 2,5 por cento foi estabelecido para o reajuste. Mesmo com um crescimento do PIB de 3,2 por cento em 2024, apenas o limite de 2,5 por cento foi aplicado ao salário mínimo.
Quem será impactado pelo reajuste?
O novo salário mínimo não beneficia apenas os trabalhadores com carteira assinada. O valor também influencia diversos pagamentos, incluindo:
- Aposentadorias e pensões do INSS;
- Benefícios assistenciais, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada);
- Seguro-desemprego e outros direitos trabalhistas vinculados ao salário mínimo.
Histórico do salário mínimo no Brasil
O salário mínimo foi criado em 1º de maio de 1940, durante o governo de Getúlio Vargas, como parte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O objetivo sempre foi garantir uma remuneração básica que permitisse condições mínimas de vida aos trabalhadores.
Nos primeiros anos, o salário mínimo variava conforme a região, refletindo as diferenças econômicas do país. Somente em 1984, o governo unificou o valor nacionalmente, garantindo que todos os trabalhadores recebessem o mesmo piso salarial.
Bolsa Família e o impacto do reajuste
O aumento do salário mínimo não altera as regras de entrada ou permanência no Bolsa Família, mas o governo tem implementado medidas para tornar o programa mais eficiente.
Uma das propostas é a criação de um sistema biométrico para o registro dos beneficiários, o que ajudaria a evitar fraudes e otimizar o repasse dos recursos.
Atualmente, o Bolsa Família paga um valor base de 600 reais por família, podendo variar conforme os benefícios adicionais disponíveis. Veja como funciona:
- Benefício de Renda de Cidadania (BRC): 142 reais por pessoa da família;
- Benefício Complementar (BCO): complemento para garantir um mínimo de 600 reais por família;
- Benefício Primeira Infância (BPI): 150 reais para crianças de zero a sete anos;
- Benefício Variável Familiar (BVF): 50 reais para gestantes e crianças de sete a dezoito anos;
- Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): 50 reais por membro da família com até sete meses de idade;
- Benefício Extraordinário de Transição (BET): pago para garantir valores anteriores ao Auxílio Brasil até maio de 2025.