O programa Pé-de-Meia enfrenta desafios no orçamento de 2025. Veja o que o governo planeja para manter os pagamentos e quais mudanças podem ocorrer.
O programa Pé-de-Meia tem sido uma ferramenta importante para incentivar a permanência dos jovens no ensino médio.
A iniciativa oferece incentivos financeiros para estudantes de baixa renda, ajudando a reduzir a evasão escolar e possibilitando que mais alunos concluam seus estudos.
Recentemente, o ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou o compromisso do governo com a continuidade do programa em 2025. No entanto, desafios orçamentários colocam a manutenção dos pagamentos em discussão.

Desafios no orçamento para 2025
A inclusão do Pé-de-Meia no Orçamento de 2025 enfrenta dificuldades, já que o governo precisa conciliar diversas demandas financeiras.
O programa não foi inserido na proposta inicial, o que gerou preocupações sobre o financiamento dos pagamentos aos estudantes.
Para garantir que os repasses sejam mantidos, o governo busca fontes alternativas de recursos, incluindo fundos privados.
Esse esforço tem como objetivo assegurar que os alunos continuem recebendo o benefício sem interrupções.
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Como funciona o Pé-de-Meia?
O programa opera por meio do depósito de valores em contas poupança vinculadas aos estudantes. Os pagamentos são realizados ao longo do ensino médio e só podem ser sacados integralmente após a conclusão dos estudos.
Essa abordagem incentiva os alunos a permanecerem na escola e, ao mesmo tempo, proporciona uma reserva financeira para o futuro. A iniciativa também contribui para a inclusão financeira de jovens que, muitas vezes, não teriam acesso a uma conta bancária.
Declarações do ministro da Educação
Camilo Santana garantiu que o governo já tem os recursos necessários para o Pé-de-Meia em 2025. Mesmo sem a inclusão na proposta orçamentária inicial, o programa continua sendo uma prioridade.
Para reforçar essa posição, o governo tem um prazo de 120 dias para apresentar soluções e garantir que o Pé-de-Meia esteja no Orçamento da União. Essa determinação foi feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que acompanha de perto as movimentações financeiras do governo.
Mudanças no orçamento e impactos no programa
Além dos desafios para incluir o Pé-de-Meia no orçamento, o governo solicitou alterações na Lei Orçamentária de 2025 para acomodar novas despesas. Entre os principais reajustes estão:
- R$ 3 bilhões adicionais para o auxílio-gás.
- R$ 8 bilhões em aumento de gastos previdenciários.
Esses ajustes podem exigir cortes em outros programas, como o Bolsa Família, o que pode afetar a alocação de recursos para o Pé-de-Meia.
Para contornar essa situação, o governo pediu flexibilidade para suplementar os gastos do programa ao longo do ano. Um ofício foi enviado à Comissão Mista de Orçamento (CMO) solicitando a possibilidade de ajustes financeiros após a aprovação da LOA (Lei Orçamentária Anual).
Decisão do Tribunal de Contas da União
O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou a liberação de R$ 6 bilhões que estavam bloqueados para o Pé-de-Meia. Essa decisão garante a continuidade do programa no curto prazo, mas a liberação dos recursos está condicionada ao cumprimento das regras fiscais e orçamentárias.
O governo segue trabalhando para garantir que o Pé-de-Meia continue disponível para milhares de estudantes, oferecendo suporte financeiro e incentivando a conclusão do ensino médio.