Pessoas com autismo têm direito a benefícios sociais, suporte educacional e atendimento médico especializado. Veja como acessar esses serviços e garantir mais qualidade de vida.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta milhões de brasileiros, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Apesar disso, muitas famílias ainda desconhecem os direitos assegurados pela legislação brasileira, que busca garantir inclusão, acessibilidade e qualidade de vida para pessoas com autismo.
A Lei Berenice Piana, sancionada em 2012, reconhece o autismo como uma deficiência, garantindo que indivíduos com TEA tenham acesso a benefícios sociais, atendimento médico adequado e suporte na educação.
Esses direitos proporcionam um suporte essencial para as famílias, auxiliando no desenvolvimento e na qualidade de vida dos autistas.

Quais são os direitos das pessoas com TEA?
A legislação brasileira prevê diversos direitos para pessoas com autismo, garantindo que elas tenham acesso a serviços essenciais. Entre os principais, destacam-se:
- BPC/Loas: pessoas com TEA de baixa renda podem receber um salário mínimo mensal, desde que atendam aos critérios do Benefício de Prestação Continuada (BPC), concedido pelo INSS.
- Planos de saúde: as operadoras são obrigadas a cobrir todas as terapias prescritas para o tratamento do autismo, sem limite de sessões.
- Matrícula escolar garantida: escolas públicas e particulares não podem recusar alunos com TEA e devem oferecer estrutura adequada para atender às suas necessidades.
- Acompanhante escolar: quando necessário, a escola deve disponibilizar um profissional capacitado para acompanhar o aluno durante as aulas.
- Atendimento prioritário: pessoas com TEA têm direito a atendimento preferencial em estabelecimentos comerciais, bancos e repartições públicas.
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Como solicitar os benefícios para pessoas com TEA?
As famílias precisam seguir os procedimentos corretos para garantir o acesso aos benefícios previstos na legislação. Confira como fazer isso:
- BPC/Loas: o pedido deve ser feito diretamente no INSS, por meio do aplicativo Meu INSS ou nas agências presenciais. Caso o benefício seja negado, é possível recorrer à justiça.
- Plano de saúde: se houver negativa na cobertura de terapias, o consumidor pode denunciar a operadora à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ou buscar auxílio jurídico.
- Direitos educacionais: ao matricular uma criança com TEA, os responsáveis devem apresentar um laudo médico que comprove a necessidade de suporte escolar. Se a escola recusar a matrícula ou não oferecer acompanhamento adequado, o Ministério Público pode ser acionado.
Caso haja dificuldade na obtenção de qualquer benefício, é recomendável documentar todas as tentativas e registrar reclamações nos órgãos responsáveis. Se necessário, a via judicial pode ser utilizada para garantir o cumprimento dos direitos.
A importância da informação e do acesso aos direitos
Muitas famílias ainda não conhecem os direitos garantidos por lei e acabam enfrentando dificuldades para garantir atendimento adequado para seus filhos.
A informação é essencial para que as pessoas com TEA tenham acesso à educação, saúde e assistência social de forma justa e igualitária.
Projetos como o Autismo Legal têm se destacado ao divulgar informações sobre os direitos dos autistas, promovendo maior conscientização e inclusão.
Com acesso ao conhecimento, as famílias podem buscar os recursos necessários e assegurar mais qualidade de vida para as pessoas com TEA.