Programa Gás Para Todos oferece desconto no botijão de gás. Nova fase inclui biodigestores e amplia o número de famílias atendidas.
Muitas famílias ainda aguardam informações sobre o novo formato do programa Gás Para Todos. O benefício, criado para facilitar o acesso ao gás de cozinha, oferece desconto no botijão de 13 quilos. A iniciativa pretende atender mais de 20 milhões de famílias até o fim do ano.
O programa, que substitui o antigo Auxílio Gás, passou por mudanças importantes. Agora, o número de botijões com desconto depende da quantidade de pessoas que vivem na mesma casa.
Quem mora sozinho poderá receber dois botijões por ano com valor reduzido. Já famílias com cinco ou mais integrantes terão direito a até seis botijões por ano com desconto de, no mínimo, 50%.
Quem pode receber o desconto no gás?
O benefício é destinado às famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Além disso, a renda por pessoa da casa deve ser igual ou inferior a meio salário mínimo.
Atualmente, cerca de 5,6 milhões de famílias já recebem esse apoio. Com a nova proposta, o governo pretende ampliar esse número.
A atualização do programa também leva em conta a realidade de comunidades rurais e quilombolas. Essas populações terão acesso a um novo tipo de benefício, com a instalação de biodigestores.
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O que são os biodigestores e como eles funcionam?
Biodigestores são equipamentos que transformam resíduos orgânicos, como restos de comida e fezes de animais, em gás. Esse processo ajuda a produzir energia limpa e reduz o uso do gás tradicional. O foco da instalação são regiões afastadas e com pouco acesso a serviços básicos.
Cada equipamento custa cerca de R$ 30 mil. O valor será pago pelo Ministério de Minas e Energia. A medida busca oferecer uma alternativa sustentável para famílias que vivem longe dos centros urbanos.
Como o programa será implantado?
A próxima etapa do Gás Para Todos depende da aprovação do Orçamento Federal. Depois disso, o projeto será enviado à Câmara dos Deputados. Os parlamentares vão discutir e votar os detalhes da proposta.
O governo pretende usar recursos públicos para financiar o programa. A ideia é garantir a continuidade do benefício e evitar cortes no atendimento às famílias que mais precisam.
O ministro Alexandre Silveira, responsável pela pasta de Minas e Energia, afirmou que o objetivo é diminuir o peso do gás no orçamento das famílias. Além disso, ele destaca a importância de incentivar o uso de fontes alternativas de energia.
Possíveis efeitos no setor de energia
Com o aumento do número de famílias atendidas, o consumo de gás liquefeito de petróleo (GLP) também pode crescer.
Essa mudança pode atrair novos investimentos no setor e abrir oportunidades de emprego. O governo espera que o programa estimule o mercado e ajude no desenvolvimento de regiões menos atendidas.
Até que o programa esteja em vigor, os beneficiários devem manter os dados atualizados no CadÚnico. A regularização no sistema garante o acesso ao desconto assim que o projeto for aprovado.
O acompanhamento das informações pode ser feito nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou no site do Ministério do Desenvolvimento Social.
