INSS suspende milhares de auxílios e anuncia revisão de aposentadorias por invalidez. Saiba como se proteger e manter seu benefício ativo.
Nos últimos meses, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deu início a um processo de revisão que terminou com o cancelamento de mais de 50% dos benefícios de auxílio-doença analisados.
A ação ocorreu entre julho e dezembro de 2024 e envolveu cerca de 684 mil revisões, das quais 356 mil foram encerradas.
Esse processo tem como foco verificar se os beneficiários ainda cumprem os requisitos exigidos pela legislação. Segundo o INSS, o objetivo é garantir que o sistema funcione com mais transparência e que os recursos cheguem a quem realmente precisa.

Como funciona o auxílio-doença?
O auxílio-doença, que hoje é chamado oficialmente de auxílio por incapacidade temporária, é concedido ao trabalhador que comprova estar impedido de exercer suas atividades por mais de 15 dias seguidos.
Para solicitar o benefício, é necessário apresentar laudos médicos e passar por uma perícia agendada pelo próprio INSS.
Em geral, o trabalhador precisa ter pelo menos 12 contribuições mensais para ter direito. Porém, existem exceções. Por exemplo, em casos de acidente de trabalho ou doença ocupacional, o benefício pode ser liberado mesmo sem o número mínimo de contribuições.
Em 2025, o valor mínimo do auxílio-doença é de R$ 1.518, equivalente ao salário mínimo nacional. O valor final varia conforme a média das contribuições feitas ao longo do tempo e a duração do afastamento.
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Por que o INSS está cancelando benefícios?
A revisão tem como base um pente-fino determinado pelo governo para combater irregularidades. O INSS busca identificar quem não tem mais direito ao auxílio e, com isso, suspende ou cancela o pagamento. Além disso, essa medida ajuda a evitar fraudes e uso indevido de recursos públicos.
Após revisar o auxílio-doença, o INSS pretende iniciar uma nova etapa de verificação em 2025, agora voltada para aposentadorias por invalidez.
Cerca de 802 mil aposentadorias devem passar por análise. A metodologia será a mesma: cruzamento de dados, perícia médica e avaliação dos documentos apresentados.
Como essas revisões afetam os beneficiários?
Para os trabalhadores que dependem do auxílio, o principal impacto é a possibilidade de ter o benefício suspenso. Por isso, quem recebe deve manter as informações atualizadas no sistema do INSS e se preparar para apresentar todos os documentos que comprovem a condição de saúde.
Por outro lado, essas medidas também garantem que os recursos sejam distribuídos de forma justa. A revisão evita que pessoas que não têm mais direito continuem recebendo, o que contribui para a continuidade do benefício aos que realmente precisam.
Como se preparar para futuras revisões?
Quem recebe auxílio-doença deve acompanhar os canais oficiais do INSS e verificar se há notificações no aplicativo ou site Meu INSS.
Manter o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) em ordem também é importante, pois ele registra toda a trajetória do trabalhador, incluindo os vínculos empregatícios e períodos de afastamento.
Caso o INSS entre em contato solicitando documentação ou agendando uma nova perícia, o ideal é responder no prazo indicado e apresentar tudo que for necessário. Se o benefício for suspenso, o segurado pode entrar com recurso dentro do prazo estipulado.