Novo modelo de crédito consignado oferece juros mais baixos. Desconto acontece direto na folha e usa FGTS como garantia para o empréstimo.
O novo crédito consignado entrou em vigor no dia 21 de março e traz vantagens para quem trabalha com carteira assinada.
A modalidade permite empréstimos com desconto direto no salário e usa o saldo do FGTS como garantia. Com isso, o acesso ao crédito se torna mais simples e as taxas de juros ficam mais baixas.
Os trabalhadores podem solicitar o empréstimo por meio da Carteira de Trabalho Digital. As parcelas são descontadas direto da folha de pagamento, respeitando o limite de até 35% do salário bruto. Essa medida garante que o valor das parcelas não comprometa toda a renda.
O processo é rápido. Após autorizar o compartilhamento dos dados no aplicativo, o trabalhador pode receber ofertas em até 24 horas. Mais de 80 instituições financeiras estão autorizadas a oferecer esse tipo de crédito.

Quais são as vantagens para quem opta pelo novo crédito consignado?
Listamos abaixo as principais vantagens para quem opta pelo novo crédito consignado:
- Juros mais baixos do que os cobrados em empréstimos convencionais
- Desconto automático na folha de pagamento, o que reduz o risco de inadimplência
- Ampla oferta de bancos e financeiras, o que estimula a concorrência e melhora as condições
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Como funciona o cálculo do desconto?
O valor da parcela não pode ultrapassar 35% do salário bruto. Esse valor inclui o salário-base e outros ganhos fixos. Veja alguns exemplos:
- Salário bruto de R$ 3.000: desconto máximo de R$ 1.050
- Salário bruto de R$ 5.000: desconto máximo de R$ 1.750
- Salário bruto de R$ 7.000: desconto máximo de R$ 2.450
Portabilidade dos contratos antigos
Quem já possui um empréstimo consignado pode pedir a portabilidade para o novo modelo. A transferência pode garantir taxas mais baixas e prazos melhores. O novo crédito também permite um prazo mais longo para pagamento, com recomendação de quitação em até 48 meses.
O que acontece se o trabalhador for demitido?
Se houver demissão, o desconto das parcelas será feito diretamente das verbas rescisórias. Nesse caso:
- O desconto não pode ultrapassar 10% do saldo do FGTS
- Também pode ser usado até 100% da multa rescisória do FGTS
Se os valores não forem suficientes para quitar o saldo do empréstimo, o desconto será suspenso. O pagamento volta a acontecer quando o trabalhador conseguir novo emprego.
Mudança de empresa não impede a continuidade dos pagamentos
Ao mudar de emprego, o trabalhador precisa atualizar os dados no eSocial. Com essa atualização, o desconto volta a ser feito no novo salário, sem interrupções no contrato.
Sobre juros e taxas
O novo crédito não tem limite máximo para os juros, como acontece com o consignado do INSS. No entanto, a expectativa é que as taxas fiquem abaixo de 3% ao mês, bem menores do que em outras modalidades de empréstimo.
Segurança e proteção de dados
O sistema respeita a Lei Geral de Proteção de Dados. As instituições têm acesso apenas às informações necessárias para análise do crédito, como:
- Nome completo
- CPF
- Tempo de empresa
- Valor disponível para consignação
Todos os dados são protegidos por lei e usados apenas com autorização do trabalhador.